França, Reino Unido,
Espanha, Áustria, Suécia e Dinamarca reconheceram nesta segunda-feira (4) o
líder do Legislativo venezuelano, Juan Guaidó, como presidente interino do
país. A decisão se deu após o fim
do prazo concedido pelos países europeus ao ditador Nicolás Maduro para a
convocação de novas eleições, expirado neste domingo (3).
"O governo da Espanha
anuncia que reconhece oficialmente o presidente da Assembleia da Venezuela, o
senhor Guaidó, como presidente encarregado da Venezuela para que convoque
eleições presidenciais no menor prazo de tempo possível", afirmou Sánchez
no Palácio de Moncloa. O reconhecimento a Guaidó
tem uma finalidade clara, ressaltou Sánchez: convocar eleições que "têm de
ser livres, democráticas, com garantias e sem exclusões". Pouco depois da Espanha, o
Reino Unido também anunciou que reconhecia Guaidó como "presidente
constitucional interino" da Venezuela, como escreveu seu ministro das
Relações Exteriores, Jeremy Hunt, em uma rede social.
"Os venezuelanos têm o
direito de se expressar-se livremente e democraticamente. A França reconhece
Juan Guaidó como presidente interino para implementar um processo eleitoral.
Apoiamos o grupo de contato, criado com a UE, neste período de transição",
escreveu em uma rede social o presidente francês, Emmanuel Macron.
Guaidó se declarou
presidente encarregado em 23 de janeiro, acusando Maduro de ser um
"usurpador" por ter sido reeleito em um processo questionável. O
opositor já havia sido reconhecido por Brasil, Estados Unidos, Colômbia e
Canadá, entre outros países da região.
Em entrevista divulgada no
domingo, Maduro descartou convocar eleições presidenciais. Entre seus aliados
estão China e Rússia. Ele acusa Washington de usar Guaidó como
"marionete" para lhe aplicar um golpe de Estado.
O governo da Rússia afirmou
nesta segunda-feira que o movimento europeu de reconhecimento a Guaidó é uma
"interferência estrangeira" nos assuntos internos venezuelanos.
Com
informações da Folhapress.
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