Dezessete
pessoas morreram e três ficaram feridas em um incêndio, que levou quase quatro
horas para ser controlado pelos bombeiros, em um hotel de Nova Déli, nesta
terça-feira (12). As causas da tragédia são desconhecidas.
O Hotel Arpit Palace
estava completamente reservado por uma família que estava na capital indiana
para participar de uma festa de casamento. Entre os mortos estão quatro
mulheres e uma criança, segundo o porta-voz dos Bombeiros de Nova Déli, Shyam
Prakash Singh. Uma das mulheres e uma criança não resistiram aos ferimentos
depois de pular de uma janela no quinto andar do hotel em uma tentativa de
escapar das chamas.
A maioria das vítimas estava dormindo quando o incêndio começou,
aparentemente por causa de um curto circuito, segundo a imprensa local. Outras
35 pessoas foram retiradas com vida do imóvel. Vinte e dois carros dos
bombeiros foram mobilizados para conter o fogo, que começou por volta das 4h35
(horário local, 21h05 de Brasília, na segunda-feira, 11), e foi só controlado
às 8h (horário local, 0h30 de Brasília). O secretário da Saúde de Nova Déli,
Satyendar Jain, afirmou que o imóvel estava em situação irregular.
"Na construção houve violações visíveis da lei, seis
andares foram construídos, incluindo um piso temporário, em vez dos quatro
andares permitidos. Eu ordenei uma inspeção de incêndios nos edifícios da
região", disse em sua conta do Twitter. Também usando a rede social, o
primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, lamentou a perda de vidas no incêndio
e desejou uma rápida recuperação aos feridos.
Infraestrutura precária
A tragédia levanta novas
questões sobre os padrões de segurança em hotéis de baixo custo pouco regulados
e nos imóveis da Índia em geral, onde incêndios e desabamentos são frequentes. O
país conta com uma infraestrutura sem manutenção e em estado precário --
fatores alimentados pela corrupção e práticas ilegais no setor da construção.
Operações frequentes de autoridades civis para fazer cumprir
códigos de edificação, medidas de segurança contra incêndio e procedimento de
retirada de pessoas fracassaram em restringir as violações em uma cidade de
mais de 18 milhões de pessoas que se expande rapidamente. No fim do ano
passado, um incêndio em um hospital público da cidade de Bombaim, no oeste do
país, deixou oito mortos e mais de 160 feridos.
G1
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