A crise na Venezuela se agravou nos
últimos dias diante de numerosos protestos contra o ditador comunista Nicolás
Maduro. A ONG Observatório Venezuelano de Conflitividade Social (OVCS) já
contabilizou dezoito mortos na últimas 24 horas no país vizinho.
O governo da Rússia, apoiador da
ditadura latino-americana, alertou sobre a possibilidade de agravamento da
crise no país a partir do estabelecimento de um processo de transição comandado
por Juan Guaidó. Autoridades russas afirmaram que há riscos de redução da
cooperação econômica com a Venezuela, pois a instabilidade interna impede
negociações e acordos.
“É uma via direta para a anarquia e o
banho de sangue”, afirmou por pronunciamento o Ministério das Relações
Exteriores russo, nesta quinta-feira (24). Segundo O GLOBO, o Kremlin, por
meio do porta-voz Dmitry Peskov informou que não houve pedido de ajuda militar
por parte da Venezuela. O governo russo criticou a “usurpação” do poder por
parte de Guaidó e classificou Maduro como líder legítimo. Peskov destacou ser
“muito perigoso” que autoridades americanas cogitem intervenção militar na
Venezuela.
O presidente do Comitê de Defesa,
Vladimir Shamanov, disse que a situação atual tem efeito desestabilizador,
gerando reduções de investimentos. “Qualquer instabilidade, e nós vimos
isso acontecer no século passado, é sempre repleta de conseqüências.” O
presidente do Comitê de Relações Exteriores, Konstantin Kosachev, não
reconheceu a legitimidade do ato de Guaidó e defendeu o ditador da Venezuela.
Segundo ele, há “sinais de um golpe de Estado” no país.
QUEDA DE NICOLÁS MADURO PODE ESTAR
PRÓXIMA
Diante da ilegitimidade da eleição de
Maduro, o opositor do regime, Juan Guaidó, do partido Vontade Popular, se
declarou presidente interino da Venezuela nesta quarta-feira (23).
“Na condição de presidente da
Assembleia Nacional, ante Deus, a Venezuela, em respeito a meus colegas
deputados, juro assumir formalmente as competências do executivo nacional como
presidente interino da Venezuela. Para conseguir o fim da usurpação, um governo
de transição e ter eleições livres”, disse Guaidó. Após o anúncio, vários
países reconheceram oficialmente Juan Guaidó como presidente interino da
Venezuela. Confira:
- Brasil
- Estados
Unidos
- Argentina
- Canadá
- Chile
- Colômbia
- Costa
Rica
- Equador
- Guatemala
- Honduras
- Panamá
- Paraguai
- Peru
- Reino
Unido
Os países que continuam apoiando o ditador venezuelano são:
- Rússia
- Cuba
- México
- Bolívia
- Nicarágua
- Turquia
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