O Ministério Público de São
Paulo e a Polícia Civil do estado cumpriram na manhã desta terça-feira (29)
dois mandados de prisão expedidos pela Justiça Estadual de Minas Gerais contra engenheiros
que atestaram a segurança da barragem 1 da Mina do Feijão, em Brumadinho (MG),
que se rompeu na última sexta-feira. Em Minas, foram cumpridos outros três
mandados de prisão.
Na
noite de segunda-feira (28), a Defesa Civil de Minas Gerais informou que há 65
mortos e 279 desaparecidos após a tragédia provocada pelo rompimento da
barragem da mineradora Vale, na região metropolitana de Belo Horizonte. Nesta
terça-feira, começa o quinto dia de buscas no local. A
prisão dos engenheiros em São Paulo ocorreu nos bairros de Moema e Vila
Mariana, Zona Sul da cidade. As ordens são de prisão temporária, com validade
de 30 dias, e foram expedidas pela Justiça no domingo.
As
ações em São Paulo, parte de uma operação que também se desenvolve em Minas
Gerais, são coordenadas por promotores do núcleo da capital do Grupo de Atuação
Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP de São Paulo, e pelo
Departamento de Capturas (Decade) da Polícia Civil paulista.
Suspeita de documentos fraudados
A
Polícia Federal em São Paulo também participa da operação e cumpre, neste
momento, dois mandados de busca e apreensão em empresas que prestaram serviços
para a Vale. O nome das empresas ainda não foi divulgado.
Os
investigadores do Ministério Público e da polícia apuram se documentos
técnicos, feitos por empresas contratadas pela Vale e que atestavam a segurança
da barragem que se rompeu, foram, de alguma maneira, fraudados. Toda
a operação é coordenada por policiais, promotores e procuradores de Minas Gerais.
A força-tarefa envolve a Polícia Federal, o Ministério Público Estadual e
Federal e a Polícia Civil.
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