Bombardeios
aéreos e disparos de mísseis do regime sírio contra o reduto rebelde de Guta
Oriental, perto de Damasco, prosseguiram nesta segunda-feira (26), dias após a
aprovação na Organização das Nações Unidas de um cessar-fogo de 30 dias.
O
secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, fez um apelo nesta segunda para que
a trégua seja aplicada imediatamente, segundo a France Presse. "Espero que
esta resolução seja aplicada imediatamente para tornar possível prestar
imediatamente ajuda e serviços humanitários", declarou Guterres, ao
comentar o texto aprovado pelo Conselho de Segurança no sábado (24).
De
acordo com a France Presse, o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou a
"trégua humanitária" a partir de terça-feira (27).
Entre
domingo e esta segunda-feira, a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos
(OSDH) afirmou que uma família de nove pessoas foi morta em ataques do governo
contra Guta Oriental. Entre as vítimas, estão nove membros de uma família,
incluindo três crianças.
Na
noite de domingo, autoridades de saúde de Guta Oriental disseram que várias
pessoas mostraram sintomas condizentes com a exposição ao gás cloro depois de
uma explosão, e que uma criança morreu.
Cessar-fogo
O Conselho de Segurança da ONU aprovou por
unanimidade no sábado (24) uma resolução na qual exige a todas as partes
beligerantes a suspensão das hostilidades
durante 30 dias em todo o país, incluindo de forma expressa
Guta Oriental. A trégua permitiria o acesso de ajuda humanitária e as retiradas
feridos.
No entanto, a resolução exclui do cessar-fogo os grupos
terroristas Estado Islâmico (EI) e Organismo de Libertação do Levante, aliança
criada em torno da Frente Al Nusra, nome da antiga filial síria da Al Qaeda
que, segundo o governo sírio, está presente em Guta Oriental.
A intensidade do bombardeio diminuiu desde então, mas,
mesmo assim, vem deixando mortos. Em Guta Oriental, os moradores aproveitaram o
relaxamento relativo no bombardeio para procurar provisões, contou Moayad Hafi,
agente de resgate que atua no local.
Via: G1
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