A Associação Brasileira de
Otorrinolaringologia e Academia Brasileira de Rinologia destacam que alguns
cuidados podem ajudar a minimizar os malefícios da baixa umidade e poluição.
A piora da qualidade do ar,
que ficou mais poluído em decorrência das queimadas em diversas regiões do
Brasil, traz consequências à saúde, segundo alertam a Associação Brasileira de
Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) e a Academia Brasileira
de Rinologia (ABR). As entidades destacam que a situação traz efeitos
negativos, como irritação das vias respiratórias, dificuldade de respirar,
surgimento de coriza ou ressecamento na mucosa nasal, redução da capacidade
filtrante do nariz e agravamento de quadros de doenças respiratórias, como a
asma e a rinite alérgica.
As partículas tóxicas
resultantes das queimadas representam ameaça à saúde pública, especialmente
para as populações com o sistema imunológico mais fragilizado, como crianças,
idosos e pessoas com doenças respiratórias prévias.
“As partículas da poluição e a
baixa umidade não só exigem muito do nariz e seios da face, como causam
inflamação no sistema respiratório. Esses danos ao revestimento interno das
vias aéreas prejudicam todo o preparo do ar inspirado necessário a uma
função respiratória adequada”, explica o presidente da ABR e membro da
ABORL-CCF, Otavio Piltcher.
O Instituto Nacional de
Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta para 15 estados brasileiros e o Distrito
Federal devido à baixa umidade do ar, que pode cair abaixo de 20%. As regiões
afetadas incluem Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão,
Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Bahia, Minas Gerais,
São Paulo, Paraná e Rondônia. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o
nível ideal de umidade é de aproximadamente 60%. Acima ou abaixo desse
percentual, a umidade pode oferecer riscos à saúde se o nariz não conseguir
ajustar esse desequilíbrio.