O senador eleito Rogério
Marinho (PL-RN) está perto de ter confirmado o apoio do PP à sua candidatura à
presidência do Senado. Marinho tenta reunir em torno de sua candidatura o
núcleo de oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Casa,
liderado pelo bolsonarismo.
A CNN apurou que o PP deve confirmar nesta próxima semana o
apoio à candidatura de Marinho. O partido terá seis cadeiras no Senado a partir
da próxima Legislatura. Somado com os 14 do PL, seriam 20 votos a favor do
ex-ministro do Desenvolvimento Regional de Jair Bolsonaro (PL). Marinho espera
contar ainda com o apoio do Republicanos, que terá três senadores. Em
princípio, esses três partidos devem formar a base principal de oposição a Lula
no Senado. Dentre os seis senadores do PP, a CNN apurou que a expectativa das
lideranças da própria sigla é de que todos sigam a orientação partidária e
votem em Marinho. Pode haver, no entanto, defecções, já que o voto na eleição
da presidência do Senado é secreto.
Um dos principais responsáveis
pela articulação do PP é o ex-ministro-chefe da Casa Civil de Bolsonaro, Ciro
Nogueira (PI), ele próprio senador, líder da bancada do PP no Senado e
presidente nacional da sigla. Nos bastidores, Marinho diz que está aberto a
conversas com todos os partidos, menos o PT. Senadores a par das negociações
afirmam que estão “avançando bastante nas contas de voto e nessa articulação”. Marinho,
senador de primeiro mandato eleito pelo PL do Rio Grande do Norte, é o
principal bolsonarista na disputa pela presidência do Senado.
Além dele, o senador Eduardo
Girão (Podemos-CE), que se classifica como independente, mas se alinha com as
pautas bolsonaristas em diversas votações, também se lançou candidato. Este,
porém, tem chances reduzidas na eleição, já que nem mesmo seu partido, o
Podemos, o apoia oficialmente. Os dois candidatos enfrentarão Rodrigo Pacheco
(PSD-MG), atual presidente do Senado que busca se manter no posto por mais dois
anos. Segundo relatos de diversos senadores à CNN, ele é o favorito na disputa.
Ele conta com o apoio do
governo Lula e de bancadas numerosas, como o PSD (que terá 13 senadores), o MDB
(que terá dez) e o PT (que terá nove). O grupo de Pacheco trabalha para que
integrantes dos partidos aliados a Marinho fiquem ao seu lado. Também avaliam
que Girão pode tirar votos de Marinho, se seguir na disputa, o que enxergam
como benéfico a Pacheco por potencialmente dividir os opositores ao atual
presidente do Senado.
Apesar de o PP tender a apoiar
um adversário de Lula no Senado, o partido conta com o filiado e presidente da
Câmara dos Deputados, Arthur Lira (AL), cada vez mais próximo do presidente da
República. Lira, inclusive, conta com o apoio do PT e do PL ao mesmo tempo na
Câmara.
Questionado sobre a posição antagônica nas Casas, sob
reserva, um senador do PP disse que isso está sendo tratado na medida do
possível junto aos acordos já firmados.
Via: CNN Brasil
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