Após dois golpes de estado em
2022, Burkina Faso começou
o ano em guerra contra grupos insurgentes, que já controlam cerca de um
terço do país e tentam avançar.
Nesta
terça-feira (31), o governo afirmou que 28 pessoas morreram em atentados
executados por extremistas. Entre as vítimas estão 15 civis que haviam sido
sequestradas durante o fim de semana. O país, um dos mais pobres e violentos
do mundo, fica na África Ocidental, onde governos travam uma
árdua batalha contra grupos insurgentes ligados à Al Qaeda e ao Estado
Islâmico. Em Burkina Faso, mais
de 30% das cidades e vilarejos do país já estão em mãos desses grupos.
Os insurgentes têm ocupado
território no norte árido e rural, executando centenas de
moradores de vilarejos e desalojando quase dois milhões de pessoas.
Eles bloquearam cidades e aldeias, agravando a
crise alimentar. Na segunda-feira (30), 15 corpos com marcas de tiros
foram encontrados em Linguekoro, uma localidade da
província de Comoe, no oeste do país, informou o governador regional, o coronel
Jean-Charles Some.
As vítimas integravam um grupo
de 24 pessoas que viajavam a bordo de dois micro-ônibus procedentes de Banfora
e que foram parados em Linguekoro por homens armados no domingo (29). Eles
foram abordados pelos extremistas, que mandaram os passageiros descerem e incendiaram os veículos. Na sequência,
sequestraram os 15 civis, que foram mortos depois.
Em outro ataque, no norte, dez
policiais militares, dois integrantes de uma força de apoio ao Exército e um
civil morreram em um atentado terrorista na segunda-feira (30) na localidade de
Falangoutou, informou o Exército. Os ataques são parte de uma nova onda de
violência vinculada à Al Qaeda e ao Estado Islâmico, que já deixou milhares de mortos.
Em 2022, a insegurança por
causa dos ataques contribuiu para a instabilidade política e dois golpes
militares no país, em janeiro e setembro.
Via: G1.
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