O estudo, publicado recentemente na revista científica
Journal of Sexual Medicine, analisou dados de mais de 70.000 homens
diagnosticados, com em média 52 anos, com disfunção erétil, entre 2006 e 2020.
Por meio de registros médicos, os pesquisadores determinaram quem havia tomado
remédios para disfunção erétil – e quaisquer problemas cardíacos subsequentes
que possam ter sofrido durante o período de acompanhamento. Entre os
participantes, 23.816 usavam os remédios para ajudar na cama, enquanto outros
48.682 não.
Os resultados mostraram que aqueles que usaram esses
medicamentos eram menos propensos a sofrer problemas cardíacos. Eles tinham um
risco 17% menor de insuficiência cardíaca, quando o coração não bombeia tão bem
quanto deveria; 15% menos probabilidade de necessitar de um procedimento de
revascularização coronária, usado para limpar bloqueios nas artérias do
coração; diminuição de 22% na probabilidade de desenvolver angina instável,
quando a placa na artéria coronária nega oxigênio e sangue ao coração.
Cada uma dessas condições pode ser fatal se não
for tratada e aumentar significativamente a probabilidade de uma pessoa sofrer
um ataque cardíaco. No geral, as mortes por problemas cardíacos nesses homens
caíram quase 40%. Além disso, os homens que usaram medicamentos para disfunção
erétil também viveram mais em média, com o risco de morte prematura caindo em
um quarto durante o período do estudo.
Embora os pesquisadores não tenham investigado por que os
medicamentos estavam ligados a uma melhor saúde do coração, eles acreditam que
a droga aumenta o fluxo sanguíneo nas artérias do coração e melhora o fluxo de
oxigênio por todo o corpo. Não é a toa que pesquisas anteriores vincularam o
uso do Viagra a uma diminuição do risco de Alzheimer, que pode ser causado pela
falta de fluxo sanguíneo para o cérebro.
A medicação funciona relaxando os músculos do pênis, o que
permite um maior fluxo de sangue no local. O Viagra, e outras medicações para
disfunção erétil, também dilui o sangue, facilitando o fluxo no corpo.
Esse processo reduz a pressão sanguínea como um todo, o que
ajuda o sangue a fluir melhor por todo o corpo e diminui o risco de coagulação
e outros bloqueios que causam problemas cardíacos graves. Também há melhora do
fluxo na artéria braquial, um importante vaso sanguíneo que fornece sangue para
a parte superior do braço, cotovelo e mão.
Embora os resultados deste estudo sejam promissores, não é
recomendado tomar esses medicamentos para a prevenção de qualquer uma das
condições acima, exceto para o tratamento de disfunção erétil, sob recomendação
médica.
Via: O
Globo
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