segunda-feira, 25 de outubro de 2021

MUNDO: Militares de país africano promovem golpe de Estado e prendem premiê e ministros

Militares fiéis ao general Abdel Fattah al-Burhan, que chefia o Conselho Soberano do Sudão, deram um golpe de Estado no Sudão nesta segunda-feira (25) e prenderam o premiê civil, Abdalla Hamdock, e vários ministros.

Além disso, o acesso à internet e aos demais tipos de comunicação está sendo interrompido constantemente e uma manifestação contra o golpe foi repreendida com violência por soldados. Há feridos entre os civis, segundo informa a emissora Al-Jazeera. Após o golpe, várias estradas foram bloqueadas e a emissora estatal começou a transmitir apenas músicas patrióticas. O Sudão vivia em um governo "transitório" desde agosto de 2019, após o autocrata Omar al-Bashir ter sido deposto em abril daquele ano. Desde então, uma coalizão civil-militar estava administrando o país africano com a promessa de que o Sudão teria eleições livres e democráticas para formar um governo completamente civil. No entanto, recentemente, o principal bloco político civil, o Força para a Liberdade e Mudança (FFC), se dividiu em duas facções, enfraquecendo o movimento.

Na última semana, dezenas de milhares de pessoas tinham feito protestos nas ruas de várias cidades para pedir a plena transferência de poder para os civis e para mostrar força contra um outro ato que ficou dias em frente ao palácio presidencial de Cartum pedindo um "governo militar". Naquele período, Hamdok havia dito que as divisões dentro do governo de transição marcavam o "pior e mais perigoso momento da crise". A Associação de Profissionais Sudaneses, um grupo de sindicatos fundamental na liderança dos protestos de 2019, denunciou o "golpe militar" desta segunda-feira e pediu que os manifestantes "resistam vigorosamente" nas ruas.

Primeiro discurso
Após o golpe ter sido consumado, com o premiê e os ministros colocados em "prisão domiciliar" em um prédio não identificado, Al-Burhan fez um discurso transmitido pela emissora estatal. Nele, o general anunciou a instituição do "estado de emergência nacional", mas disse que os militares vão manter a promessa de "fazer uma transição para o Estado civil". Anunciando um "governo de pessoas competentes", Al-Burhan disse que vão ser criadas instituições de Estado, como a Corte Suprema. No entanto, o general não deu prazo para que os militares deixem o poder.

Via: IG

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