O Brasil registrou 184
assassinatos de pessoas transgênero em 2020, segundo dossiê divulgado pela
Associação Nacional das Travestis e Transexuais (Antra) nesta sexta-feira, 29
de janeiro, Dia da Visibilidade Trans. O número mantém o país no topo do
ranking dos relatórios de homicídios de transgêneros em todo o mundo, à frente
do México e dos Estados Unidos.
O
mapa da violência traçado pela associação revela que São Paulo foi o estado com
maior número de assassinatos, seguido por Ceará, Bahia, Minas Gerais e Rio de
Janeiro – onde o aumento dos casos foi de 43% em relação a 2019.
Para
a secretária de articulação política da Antra, Bruna Benevides, esse cenário é
reflexo da omissão do governo. “Até o momento, não houve ações específicas para
enfrentar essa violência, o que nos faz acreditar que seria uma falsa simetria
afirmar uma diminuição de violência de forma “espontânea” e sem investimento
material, pessoal ou institucional do Estado em uma política de enfrentamento
do transfeminicídio”, explica.
O
relatório aponta também a realidade da população transgênero durante a
pandemia. De acordo com a associação, a estimativa é de que 70% dos trans
brasileiros não tenham tido acesso às políticas emergências do Estado. A
situação das pessoas LGBTI+ durante a crise sanitária do novo coronavírus foi
relatada em outro documento, encaminhado à Organização das Nações Unidas.
Via: CNN
Brasil
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