domingo, 10 de janeiro de 2021

MUNDO: Oficiais de defesa dizem que Trump ainda é o comandante-chefe e recusam participação em golpe militar

Apesar de existir uma campanha dos democratas e da mídia mainstream para deslegitimar o presidente Donald Trump após a invasão do Capitólio na quarta-feira (6) os funcionários do Departamento de Defesa pretendem evitar pressões externas e continuar a reconhecê-lo como o comandante em chefe até a data da posse de Biden, recusando participar de “um golpe militar”.

Foi amplamente divulgado na sexta-feira (8) que a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, pediu ao general do Exército, Mark A. Milley, para limitar o acesso do presidente ao chamado “código nuclear” do país, que contém códigos de lançamento para um vasto arsenal de armas nucleares dos Estados Unidos. Pelosi ligou para o General Milley para pedir-lhe que ignorasse as ordens de Trump para usar esses códigos. Não está claro o que a levou a fazer a ligação. Nenhuma ameaça específica de Trump parece existir, o que sugere que a ligação foi feita por fins políticos.

A democrata da Califórnia teria dito a Milley que deseja impedir o presidente de responder a ameaças internacionais durante os últimos dias de seu mandato. A NPR relatou que Pelosi disse a seus colegas democratas que falou com Milley sobre “as precauções disponíveis para evitar que um presidente instável inicie hostilidades militares ou acesse os códigos de lançamento e ordene um ataque nuclear”.

“A situação deste presidente desequilibrado (…) não poderia ser mais perigosa e devemos fazer tudo o que pudermos para proteger o povo americano de seu ataque desequilibrado ao nosso país e à nossa democracia”, escreveu Pelosi. Mas, de acordo com o The New York Times, o Pentágono permanece neutro nas disputas partidárias.

Uma declaração do coronel Dave Butler, porta-voz do general Milley, confirmou ao The Times que a ligação ocorreu. “[Gen. Milley] respondeu à suas perguntas sobre o processo de autoridade do comando nuclear”, disse Butler. O jornal conversou com outros funcionários do Pentágono que estavam hesitantes em se envolver na luta política de Pelosi, de acordo com os repórteres David Sanger e Eric Schmitt do The Times.

“Sr. Trump ainda é o comandante-chefe; a menos que ele seja removido, os militares são obrigados a seguir suas ordens legais. Embora os oficiais militares possam se recusar a cumprir ordens que consideram ilegais – ou retardar o processo, enviando essas ordens para uma revisão legal cuidadosa -, eles não podem remover o presidente da cadeia de comando. Isso equivaleria a um golpe militar” disseram as autoridade aos jornalistas Sanger e Schmitt.

“A questão que mais preocupou as autoridades é o anúncio do Irã de que começou a enriquecer urânio com pureza de 20% – quase a qualidade necessária para fazer uma bomba. Em dezembro, Trump pediu opções militares que poderiam ser tomadas em resposta à escalada da produção de combustível nuclear do Irã, mas ele foi dissuadido por uma série de altos funcionários, incluindo o general Milley e o Secretário de Estado Mike Pompeo”, noticiou o jornal Times.

Pelosi e outros democratas usaram os eventos do Capitólio para justificar ir atrás de Trump e sinalizaram que pretendem vingança política contra ele após “medo” de seu estado mental durante seus últimos dias no cargo.

Os democratas também anunciaram que planejam novamente impeachment do presidente, e há rumores de que eles podem tentar removê-lo do cargo usando a 25ª Emenda da Constituição com menos de duas semanas restantes para seu mandato.

Outros legisladores democratas também teriam pressionado Gen. Milley desde quarta-feira. Mas, por enquanto, os militares os rejeitaram e pretendem permanecer neutros da política. As informações são de Kipp Jones, do The Western Journal.

Trump continua a ser a única pessoa no governo com capacidade para ordenar diretamente uma ação militar e que tem a liberdade de usar o arsenal nuclear do país.

Via: Terça Livre 

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