O novo parlamento da Venezuela, controlado por aliados do presidente Nicolás Maduro, será empossado nesta terça-feira (5). A
formação da Assembleia Nacional foi definida após eleições marcadas por altos níveis de abstenção e boicote da oposição, em 6
de dezembro.
A Assembleia, até então presidida por Juan Guaidó, era o único poder que não estava sob
comando de aliados de Maduro. No entanto, desde 2017 a Casa está praticamente
sem poderes, já que o Supremo Tribunal a declarou em desacato e anulou todas as
suas decisões
(veja mais abaixo).
Os chavistas controlarão 256 dos 277 assentos do parlamento. A oposição, liderada por Guaidó, prometeu enfrentar a nova formação do congresso e questiona a legitimidade das eleições que tiveram a menor participação dos últimos 15 anos, com 31%.
Apoio dos EUA
Os Estados Unidos emitiram nesta segunda-feira (4) uma cláusula especial sobre sanções contra a Venezuela, com a qual reafirmam o apoio a Guaidó. O líder parlamentar é considerado por diversos países o presidente interino venezuelano. Maduro, no poder desde 2013, retomou o controle do Executivo no mês passado – o chavismo o havia perdido em 2015, após eleições boicotadas por Guaidó e quase toda a oposição e uma forte rejeição internacional.
"Devemos
manter a pressão sobre Maduro. O apaziguamento apenas encorajará sua gangue
criminosa", disse o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, em uma rede
social. Maduro afirmou em dezembro que espera abrir
canais de "comunicação e diálogo" com o governo do presidente eleito
dos EUA, Joe Biden, que tomará posse no dia 20 de janeiro.
A Assembleia Nacional
A eleição anterior para a Assembleia Nacional aconteceu em 2015. Naquela ocasião, a oposição venceu com folga e passou a dominar o Legislativo do país. Em 2017, as cortes de Justiça com pessoas favoráveis ao regime de Maduro criaram um outro poder legislativo, uma Assembleia Nacional Constituinte. Guaidó, o líder
da Assembleia Nacional, fez campanha pelo boicote às eleições de 6 de dezembro.
A oposição fez uma consulta popular questionando a legitimidade do pleito.
Via: G1
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