O salário mínimo de R$ 1.100
começa a valer a partir desta sexta-feira (1°). O novo piso, anunciado por Jair
Bolsonaro (Sem Partido) na quarta-feira (30) em rede social, apesar de ter
vigência imediata, terá de ser aprovado pela Câmara e pelo Senado e depois
convertido em lei. Com o reajuste de 5,26% acima dos R$ 1.045, o valor aumentou
em R$ 55. O aumento afeta aposentadorias, abono salarial e benefícios sociais.
Apesar de o valor ter ficado acima do previsto há duas semanas pelo governo, que era de R$ 1.088, o reajuste repõe apenas a perda no poder de compra dos brasileiros devido a alta de preços ao longo de 2020. Na prática, assalariados e beneficiários do INSS ficarão pelo segundo ano seguido sem aumento real na remuneração. A previsão de alta de 5,26% do mínimo foi baseada na revisão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), inflação das famílias com renda de até cinco salários mínimos, que deverá encerrar 2020 em 5,22%, segundo projeção do Boletim Focus, do Banco Central.
O Orçamento de 2021 ainda não foi aprovado pelo Congresso. Segundo o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, cada R$ 1 a mais no salário mínimo eleva as despesas em R$ 351,1 milhões. O aumento de R$ 55 no piso se traduzirá num gasto maior em R$ 19,3 bilhões. Como parte desse impacto já estava incorporado, a diferença entre a previsão de duas semanas atrás e a atual deve ser de R$ 4 bilhões.
De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), o salário mínimo dos trabalhadores brasileiros deveria figurar na casa dos R$ 5.005,91 em outubro. O valor é 4,79 vezes (380%) superior ao mínimo de R$ 1.045 e 360% maior do que a estimativa para este ano.
Via: Popular Mais
Nenhum comentário:
Postar um comentário