Vários órgãos de imprensa noticiaram
ontem a tentativa do advogado argentino Juan Gabrois de visitar o ex-presidente
Lula na carceragem da Polícia Federal (PF) em Curitiba para entregar-lhe um
rosário pretensamente enviado pelo papa Francisco.
Embora o PT
afirmasse que Gabrois era um “assessor” do pontífice, na verdade ele veio em
causa própria. Fundador do “Movimento dos Trabalhadores Excluídos” e
ex-consultor do Pontifício Conselho Justiça e Paz, o advogado fez discurso na
porta da sede da PF, reclamando que não conseguiu fazer uma visita a Lula pois
não era reconhecido como líder religioso.
Com cabelo longo e
barba farta, vestindo jaqueta de couro e calça jeans, o visual do argentino em
nada se assemelha aos cardeais e bispos que de fato assessoram Francisco.
Na manhã desta
terça-feira (12), o Vaticano publicou uma
nota de esclarecimento sobre o caso. A página Vatican News, no Facebook, traz
uma nota que diz: “Juan Gabrois tentou fazer uma visita – a título PESSOAL – ao
ex-presidente, tendo após a tentativa infrutífera, concedido uma entrevista
diante do prédio da Polícia Federal em Curitiba. Na entrevista – e nos ativemos
a ela – EM NENHUM MOMENTO Grabois afirmou que o Terço foi enviado pelo Santo
Padre, mas apenas “ABENÇOADO” pelo Papa”.
A Santa Sé desmente
assim o que foi divulgado pela página do PT e pelo perfil de Lula nas redes
sociais, onde ele é chamado de “preso político” e tentam associar o ativismo
pela sua libertação à figura do líder maior dos católicos.
A Confederação
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), entidade que responde pelo Vaticano, já
havia dito não ter conhecimento sobre qualquer presente enviado por Francisco
ao líder petista.
Mesmo assim, a foto
de um rosário, junto com um cartão assinado pelo papa foi amplamente divulgada
não só por sites ligados à esquerda, mas também por grandes jornais. Mais uma
vez, os movimentos de apoio a Lula geraram fake news para tentar legitimar sua
causa.
Preso há mais de
dois meses em Curitiba, cumprindo pena de 12 anos após condenação no processo
do tríplex, o ex-presidente pode receber presentes, desde que os objetos não
coloquem em risco a saúde dele ou de alguém da carceragem.
Gospel
Prime Noticias
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