Pelo quarto dia
consecutivo, 950 homens das Forças Armadas continuam
com o cerco à Favela da Rocinha, em São Conrado, zona sul
do Rio
de Janeiro. O clima é de aparente tranquilidade e as
pessoas tentam retomar a rotina normal saindo de casa para o trabalho. Durante
a madrugada de hoje (25), não houve confronto entre as forças de segurança e
traficantes de drogas. O comércio mais próximo da autoestrada Lagoa-Barra está
aberto.
Apesar
disso, as unidades de ensino da comunidade vão ficar fechadas nesta
segunda-feira por motivo de segurança. Segundo a Secretaria Municipal de
Educação, seis escolas, duas creches e um Espaço de Desenvolvimento Infantil
não estão funcionando, e mais de 3 mil crianças vão ficar sem aula hoje. Além
disso, pelo menos duas escolas particulares que ficam próximas à favela
cancelaram as aulas: a Escola Parque e a Escola Americana, também por medida de
segurança.
A
Polícia Militar realiza duas operações para tentar prender os envolvidos na
disputa pelo comando do tráfico de drogas no morro da Rocinha. Homens do
Batalhão de Choque fazem incursões na comunidade.
Já
a tropa do Batalhão de Operações Especiais da PM (Bope) está no morro do
Turano, no Rio Comprido, zona norte da cidade. Os militares subiram pela Rua do
Bispo e Barão de Itapagibe, dois principais acessos ao morro. Na subida dos
militares do Bope houve confronto. Neste momento, dezenas de moradores da comunidade
tentam fechar a Rua do Bispo, em protesto contra a presença da tropa do Bope.
A
comunidade é dominada pelo Comando Vermelho, facção rival da Amigos dos Amigos
(ADA), que comanda a Rocinha. De acordo com a Inteligência da Secretaria de
Segurança Pública, o bando liderado pelo traficante Rogério Avelino dos Santos,
o Rogério 157, teria mudado de facção e alguns deles teriam fugido para o
Turano. A Polícia Militar ainda não divulgou informações sobre prisões ou
apreensões de armas e drogas.
Por Agência Brasil –
Colaborou Icaro Matos, repórter do Radiojornalismo
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