Nêgo Bispo ficou conhecido por propor o conceito de
contra-colonialismo, uma atitude de reforçar a cultura, práticas, organização
social, contra os esforços de imposição dos colonizadores. O quilombola
escreveu artigos e livros sobre a história de luta do povo negro. Para o
filósofo, a contra-colonização seria o “antídoto” contra a colonização, que
definia como “veneno”.
O ativista político atuou em movimentos sociais e em
organizações de defesa de quilombolas, como a Coordenação Estadual das
Comunidades Quilombolas do Piauí (CECOQ/PI) e a Coordenação Nacional de
Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas.
Nas redes sociais, o ministros da Igualdade Racial,
Direitos Humanos e da Cidadania e do Desenvolvimento e Assistência Social,
Família e Combate à Fome do Brasil, Anielle Franco, Silvio Almeida e Wellington
Dias, respectivamente, lamentaram a morte do líder quilombola. Confira:
“Ontem fomos dormir com a dolorosa notícia da morte de Nêgo
Bispo, um dos maiores intelectuais e pensadores do Brasil. Sua sabedoria
ancestral e quilombola estará pra sempre conosco. Lamento muito a dor da
família e dos mais próximos e garanto que todos os ensinamentos seguirão como
legado. Descanse em paz!”, escreveu Anielle.
Silvio Almeida: “Lamentamos imensamente a morte de
Antônio Bispo dos Santos, o Nego Bispo. Este importante pensador brasileiro e
ativista quilombola deixa um legado inesquecível para a cultura nacional.”
Wellington Dias: Hoje o movimento Quilombola, o Piauí e o
Brasil perdeu uma voz que ecoou em nossos corações e nos ensinou muito. Nêgo
Bispo foi e sempre será um mestre que, como ninguém, falou sobre reparação
histórica, respeito às lutas e sobre o direito de viver dignamente”
Via: bahia.ba
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