terça-feira, 5 de dezembro de 2023

EDUCAÇÃO: Brasil está entre os 20 piores países em matemática e ciências no Pisa

O Brasil está entre os 20 piores países do mundo nas áreas de matemática e ciências do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) do ano passado. Isso significa que menos de 50% dos alunos conseguiram um aprendizado mínimo esperado nas matérias.

Os resultados foram divulgados na manhã desta terça-feira (5/12) pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O Brasil pontuou 379 em matemática, 410 em leitura e 403 em ciências. Os exames foram aplicados entre abril e maio de 2022, nas 27 unidades da Federação. A média global é de 472 pontos em matemática, 476 em leitura e 485 em ciências.

No ano anterior da aplicação do exame, em 2018, o desempenho brasileiro foi de 384 pontos em matemática, 413 em leitura e 404 em ciências. “Os resultados médios de 2022 foram praticamente os mesmos de 2018 em matemática, leitura e ciências. Os resultados do Pisa têm-se mantido notavelmente estáveis ​​durante um longo período: depois de 2009, nas três disciplinas, apenas foram observadas flutuações pequenas e, em sua maioria, não significativas”, constata o relatório, sobre o desempenho dos estudantes brasileiros.

A pandemia de Covid-19 resultou, entre outros fatores, no fechamento das escolas por um grande período. Contudo, os dados referentes a este ano se assemelham ao período pré-pandêmico, com a média brasileira tendo caído apenas 5 pontos em matemática, 2,5 pontos em leitura e 0,6 em ciências. 

Os resultados do desempenho dos brasileiros no Pisa 2022 demonstram as desigualdades que já existem no país, de acordo com a coordenadora do Observatório de Pesquisas em Educação e Cultura da Fundação Itaú, Esmeralda Macana. “Os resultados colocam em evidência as desigualdades estruturais já existentes no Brasil. E mesmo que não haja uma correlação causal direta entre a aprendizagem e a desigualdade de renda no mundo, observamos que o Brasil é um dos países com maior desigualdade de renda e com baixa proficiência em matemática”, explica Macana.

Via: Metrópoles

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