Israel autorizou nesta
quarta-feira, 17, a entrada de ajuda humanitária em Gaza a
partir do Egito, após pressão de aliados internacionais, principalmente do
presidente dos EUA, Joe Biden, que esteve ontem em Tel-Aviv reunido com o
premiê, Binyamin Netanyahu. A decisão acaba com dez dias de cerco total ao
enclave em um conflito que já matou 4,6 mil pessoas – 1,4 mil israelenses e 3,2
mil palestinos.
O governo de Israel, porém, impôs uma condição: carregamentos limitados que não devem chegar às mãos do Hamas – embora não se saiba como os militares israelenses fariam esse controle. O acordo foi anunciado por Biden. Antes de embarcar de volta para os EUA, ele falou por telefone como presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, que deu sinal verde para a operação. Segundo Biden, o Egito permitiria a entrada de 20 caminhões de ajuda humanitária como um teste, mas sem dizer quando. “Se os militantes do Hamas interceptarem a ajuda, ela será encerrada. Mas, se não o fizerem, o Egito deixará entrar mais suprimentos”, disse o presidente americano.
A decisão de permitir a
entrada de ajuda humanitária foi tomada horas depois de um foguete destruir o
hospital Al-Ahli, em Gaza, matando cerca de 500 palestinos. Israel diz ter
provas de que a explosão foi causada por um artefato defeituoso lançado pela
Jihad Islâmica, que atua muitas vezes em coordenação com o Hamas. Ontem, Biden
endossou a versão israelense. “Fiquei profundamente indignado com a explosão do
hospital em Gaza”, disse o presidente americano, ao lado de Netanyahu. “Mas,
com base no que vi, parece que ela foi causada pelo outro time, não por você ”
Os palestinos responsabilizam um ataque aéreo de Israel pela destruição do hospital. A Jihad Islâmica diz que não fez lançamentos no momento da explosão. No passado, foguetes palestinos já falharam e atingiram civis em Gaza. Israel afirma que, desde que a guerra começou, mais de 400 caíram dentro do enclave. Ao mesmo tempo, funcionários da ONU e médicos afirmaram que o hospital Al-Ahli já havia sido atacado antes por Israel. Nenhuma das versões pode ser verificada de maneira independente.
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