A cada seis horas uma mulher é
vítima de feminicídio no Brasil. De acordo com um estudo realizado pelo FBSP
(Fórum Brasileiro de Segurança Pública), no primeiro semestre de 2022, 699
mulheres foram assassinadas. Este número é 3,2% maior do que o total de mortes
registrado no mesmo período de 2021, quando 677 vidas foram ceifadas.
Na
pesquisa, os estados com maior incremento desse tipo de crime foram o Acre
(250%), Amapá (200%), Rondônia (116,7%), Sergipe (100%) e Santa Catarina
(52,6%). Analisando de forma regional, no último ano, o Sul apresentou a maior
porcentagem (12,6%) com 116 mortes.
Segundo
a advogada Isabela Guimarães Del Monde, coordenadora do movimento Me Too
Brasil, apesar da flexibilização das medidas de isolamento social, a pandemia
ainda tem impacto no aumento do número de casos de feminicídio no país. “As
mulheres perderam muita renda, a permanência e o ingresso no mercado de
trabalho, tornando-se mais dependente financeiramente dos agressores”.
Além
da queda de emprego, a pandemia também trouxe como consequência o consumo
acentuado de álcool no ambiente familiar, onde as mulheres ficam mais expostas
à violência doméstica. Esse cenário dificulta a realização de denúncia seja
presencialmente em uma delegacia ou de forma on-line.
Via: R7
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