O tufão
Trami, com ventos de até 216 km/h, devastou neste sábado (29) a ilha de
Okinawa, sudoeste do Japão, e deixou pelo
menos 17 feridos, antes de seguir para outras regiões do país. Durante
a forte tempestade, árvores caíram e bloquearam ruas na cidade de Naha. Várias
casas foram danificadas. Ondas atingiram diques. Quase 700 habitantes foram
obrigados a buscar refúgio em abrigos e mais de 200 mil casas estavam sem
energia elétrica, informou o canal público NHK. Os policiais tentavam retirar
os destroços, apesar das intensas rajadas de vento.
Ao
menos 386 voos foram cancelados, principalmente na região
oeste do Japão. As ferrovias japonesas anunciaram a suspensão de todas as
viagens na região de Osaka até domingo ao meio-dia. "O balanço pode se
tornar mais grave, pois estamos na metade do trabalho. A população de Okinawa
está acostumada aos tufões, mas recomendamos que permaneçam vigilantes",
afirmou Masatsune Miyazato, diretor da agência de gestão de desastres.
Avanço
De acordo com as previsões, Trami, o 24º
tufão do ano na Ásia, seguirá em direção a Kyushu e Honshu, atravessando
portanto o Japão do sudoeste para o nordeste. O tufão provavelmente atingirá a
ilha principal de Honshu no domingo (30) e as condições meteorológicas devem
permanecer alteradas até segunda-feira (1º) em diversas regiões.
O tufão anterior, Jebi, matou mais de 10 pessoas no
início de setembro na região oeste do arquipélago, além de ter provocado vários
danos materiais. Ele provocou o fechamento do aeroporto de Osaka (Kansai
International Airport), construído em uma ilha artificial, depois que suas
pistas foram invadidas pela água. Dois meses antes, chuvas torrenciais
provocaram inundações sem precedentes e vários casos de deslizamento de terra,
que mataram 220 pessoas.
Mais de
70% do território do Japão é formado por montanhas e colinas. Muitas casas são
construídas em encostas íngremes ou em áreas inundáveis, ou seja, zonas de
risco. Além disso, muitas residências japonesas são construídas com madeira,
especialmente as casas tradicionais nas zonas rurais.
G1
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