
Foram
três mulheres e seis crianças, de acordo com o “New York Times”. O ministro da
Segurança do México, Alfonso Durazo, confirmou o número.
O
nome da família de americanos é LeBarón. Eles vivem em uma comunidade mórmon
fundamentalista na região da fronteira entre os dois países há décadas. Membros
da família são ativistas anticrime, e fazem campanha contra grupos criminosos
que atuam nos estados de Sonora e Chihuahua.
Eles viajavam em três carros
utilitários quando foram atacados –de acordo com Durazo, os criminosos podem
ter confundido a identidade dos passageiros, que teriam pensado que era um
comboio de rivais.
Segundo o “New York
Times”, os sobreviventes descreveram que uma criança foi atingida quando
escapava, e outras estavam presas dentro de um carro em chamas. Ao menos duas
das vítimas tinham menos de um ano. O crime aconteceu no estado de Sonora, no norte
do México. A família vive em uma comunidade chamada La Mora, na cidade de
Bavispe, nesse estado.
Em uma entrevista do “New York
Times”, Julian LeBarón, primo das três mulheres que conduziam os carros, disse
que a viagem era entre esses dois estados. Rhonita LeBarón, que dirigia um dos
carros, teve que parar porque um pneu furou, de acordo com o jornal mexicano
"El Universal".
Parada na estrada, ela foi
atacada pelos criminosos. Além dela, morreram quatro filhos dela: um menino de
11 anos, uma menina de 9 anos e dois gêmeos de menos de um ano. Os dois outros carros
foram atacados cerca de 13 quilômetros adiante. Duas outras mulheres morreram,
segundo Julian LeBáron, assim como uma garota de 6 anos e um de 4 anos.
De acordo com um texto
publicado por Jhon LeBarón em uma rede social, eram 17 pessoas que viajavam.
Além dos nove que foram mortos, seis ficaram feridos e dois não sofreram
agressões físicas. Segundo John, as vítimas são: Rhonita
Miller LeBarón e quatro filhos (um menino de 11, uma menina de 9 e gêmeos de
menos de um ano. Dawna Langford Ray e dois filhos (uma menina de 6 e um menino
de 4)
Christina
Langford
Esse não é o primeiro caso em que um membro da
família LeBarón é assassinado no México: em 2009, Benjamin LeBarón, que era um
ativista anticrime, foi assassinado no estado vizinho, Chihuahua.
Violência no México
Outros
episódios de violência aconteceram nos últimos meses no país. No dia 14 de
outubro, 14 policiais morreram em uma emboscada na região
de Michoacan, no oeste do país, uma região que há anos enfrenta problemas por
causa das disputas entre cartéis de traficantes de drogas.
No dia seguinte, no sul do
país, houve uma operação que terminou com
15 mortos. Três dias mais tarde, a polícia tentou prender um dos filhos do
traficante “El Chapo”, mas criminosos da cidade de Culiacán atacaram forças de segurança e aterrorizaram os
moradores até que soltassem o detido.
Reação de Trump
O presidente dos EUA, Donald Trump, escreveu em
uma rede social que "é o momento de o México, com o auxílio dos EUA, entrar
em guerra com os cartéis de droga e eliminá-los da face da Terra". "Nós
só estamos esperando uma chamada de seu grande novo presidente",
completou.
Andrés Manuel López Obrador, o
presidente do México, disse que está preparado para trabalhar com o FBI desde
que a soberania mexicana seja mantida. Ele afirmou, ainda, que esse homicídio
múltiplo não tem relação com a tentativa de capturar o filho de "El
Chapo".
Via: G1
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