O
ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que a candidatura do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é “positiva do ponto de vista político
e eleitoral”, por ser mais uma opção à escolha da população. O ministro
ressaltou, porém, que a questão judicial é “outra coisa”.
Lula
foi condenado em primeira instância no âmbito da Operação Lava Jato e terá
recurso julgado na quarta-feira, 24, no Tribunal Regional Federal da 4ª Região,
em Porto Alegre. Pela Lei da Ficha Limpa, condenados em segunda instância ficam
inelegíveis.
“Acredito
que, quanto mais candidatos disputarem a eleição, melhor, inclusive o
presidente Lula. Do ponto de vista político e eleitoral, é positiva a
participação de Lula, é mais uma opção para a população. Agora, outra coisa é a
questão judicial”, disse o ministro, em entrevista ao programa Canal Livre, da TV
Bandeirantes, gravada na quinta-feira, 18, e exibida no início da madrugada
desta segunda-feira, 22.
Meirelles
foi presidente do Banco Central nos dois mandatos de Lula, entre 2003 e 2010, e
agora pode virar adversário do petista nas eleições – caso ambos confirmem suas
candidaturas. O ministro da Fazenda ressaltou que, quando trabalhou no governo
do petista, tinham visões diferentes sobre a economia, mas uma relação pessoal
“cordial”. Meirelles também destacou que Lula sempre lhe deu autonomia para
atuar como presidente do BC. “Fui independente”, assegurou.
O
ministro confirmou que houve conversas, na campanha de 2010, para fazer dele o
vice de Dilma Rousseff na chapa presidencial, mas ressaltou que a ideia
(aventada por Lula) não foi para a frente. “Não houve aceitação minha, nem
dela”, disse.
O
ministro confirmou ainda ter recebido convite para assumir o Ministério da
Fazenda no fim de 2015, no governo Dilma, após a saída de Joaquim Levy. “Aí sim
houve convite formal, e achei que não era o momento, que de fato a situação
para fazer tudo aquilo que achava necessário não era mais viável.” Meirelles
afirmou ainda não saber se Lula é capaz de voltar à Presidência com um novo
projeto de País. “Isso cabe a ele dizer, ele que tem que deixar claro isso”,
disse.
Via: Estadão Conteúdo
Nenhum comentário:
Postar um comentário