quinta-feira, 20 de julho de 2017

ECONOMIA: Governo deve anunciar aumento de imposto sobre a gasolina para melhorar receitas

A euforia dos consumidores que as constantes baixas nos preços dos combustíveis pode acabar nas próximas horas. Ao divulgar o relatório de programação orçamentária nesta quinta-feira, o governo deverá dar uma péssima notícia ao contribuinte: o aumento de impostos sobre a gasolina. 

A medida visa compensar a frustração de receita com tributos, que é grande, mas não será suficiente. No último relatório, do segundo bimestre, a equipe econômica previa aumento de 5,4% na arrecadação em relação ao realizado em 2016, mas tudo indica que haverá queda de pelo menos 0,5%, pela previsão de especialistas. 

O percentual do aumento está sendo definido pela equipe econômica, mas a medida não será suficiente para cobrir o rombo. A alíquota atual de PIS-Cofins sobre a gasolina é de R$ 0,38 para cada litro do combustível e o máximo que o governo pode cobrar, por lei, é R$ 0,79.

Com rombo de R$ 10 bilhões, governo estuda alta de impostos para cumprir meta

No começo desse mês, uma outra fonte do governo com conhecimento direto sobre o assunto havia adiantado a possibilidade de o governo elevar a alíquota do imposto sobre a gasolina, que não precisa cumprir uma noventena para começar a valer. Com essa medida, o aumento da arrecadação seria imediato, ajudando nas contas públicas. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, a alíquota hoje do II sobre gasolina é zero.


A fonte chegou a acrescentar, naquele momento, que outras alternativas continuavam sendo o aumento das alíquotas de PIS/Cofins ou da Cide sobre o combustível, já que o compromisso com a meta fiscal não seria alterado de "maneira nenhuma".

O governo tem se esforçado para gerar receitas extras que ajudem a cumprir a meta de déficit primário deste ano, de R$ 139 bilhões, em meio aos fracos sinais de recuperação da economia e após a forte crise política que atingiu o governo do presidente Michel Temer.

Aumentar impostos da gasolina, além de ajudar com mais receitas, poderá agradar os produtores de etanol, que vêm sofrendo com os preços baixos do combustível. Além disso, não haverá problemas para manter o controle da inflação, que vem perdendo muita força e mantido o caminho aberto para o Banco Central cortar cada vez mais a taxa básica de juros e, assim, estimular a economia. Hoje, a Selic está em 10,25% ao ano.

A atual política de preços da Petrobras também ajuda neste cenário, com sucessivas reduções de preços dos combustíveis diante do cenário de preços internacionais mais baixos do petróleo.

Via: R7

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