O que seria uma das maiores frustrações se tornou apenas um contorno dramático para uma redenção gloriosa. A China terminou a semifinal do revezamento misto da patinação de velocidade em pista curta sem vaga para a decisão. Mas a revisão por vídeo definiu penalidades para Rússia e Estados Unidos e abriu caminho para a conquista da primeira medalha dos anfitriões nos Jogos de Inverno de Pequim 2022.
Uma vez na final, os chineses lideraram de ponta a ponta. Arrebataram o ouro defendendo bravamente a posição dos italianos, que tentaram até a linha de chegada no pé esticado de Pietro Sighel: foram apenas 0s016 segundos de diferença entre e Daijing Wu. O bronze ficou com a Hungria após desclassificação do Canadá.
A disputa foi repleta de reviravoltas. Nas quartas de final a Holanda cravou o recorde olímpico da prova estreante no programa dos Jogos com 2m36s437. Nas semifinais, porém, a estrela Suzanne Schulting caiu, deixando o país fora da disputa por vaga na final A. Canadá e Itália acabaram levando as vagas desta bateria.
A final começou tumultuada, com a China fechando a porta e gerando uma queda dupla de Canadá e Hungria. Como a queda foi ainda na primeira curva, a arbitragem assinalou a relargada, mas ninguém foi penalizado. A China assumiu a liderança desde o princípio, com as demais seleções se alternando nas posições seguintes.
A seis voltas do fim, Hungria e Canadá sofreram quedas e ficaram para trás. A Itália colocou muita pressão na última volta, mas Daijing Wu se manteve firme. Pietro Sieghel até esticou o pé, mas não foi o bastante. A primeira medalha do país nos Jogos de Pequim foi confirmada por 2m37s348 a 2m37s364, 0s016 de diferença. Um ouro suado, sofrido, com sabor de alívio.
Globo Esportes
Nenhum comentário:
Postar um comentário