O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) executou 5.171 pessoas
extrajudicialmente, entre elas 2.896 civis, nas regiões dominadas na Síria desde que declarou um califado em junho de
2014 até março deste ano, segundo uma apuração da ONG Observatório Sírio de
Direitos Humanos (OSDH).
Entre os civis executados há 106 crianças e 153 mulheres.
Entre as vítimas também está um ativista dessa ONG, identificado como Yaudat al
Rabah (Abu Islam). Todos foram fuzilados, degolados, decapitados, lançados do
topo de edifícios ou queimados em várias províncias sírias.
Também foram executados nos últimos quatro anos 379
integrantes das facções rebeldes e islâmicas e da Frente al Nusra, antiga
denominação do braço sírio da Al Qaeda. Além disso, o EI assassinou 1.325 integrantes das forças
governamentais e milicianos aliados ao governo de Damasco, após terem sido
capturados em combates ou detidos em postos de controle dos jihadistas nas
zonas ocupadas.
A organização jihadista também queimou vivos dois
soldados turcos que foram capturados no nordeste da província de Aleppo, onde
está presente o Exército da Turquia. Integrantes do próprio grupo também estão entre as
vítimas. O balanço do OSDH aponta que o EI matou 569 de seus membros, incluindo
mulheres, acusadas de espionagem a favor de países estrangeiros e da coalizão
internacional liderada pelos EUA, por terem "relações sexuais
ilegais" e por "dissidência", e muitos foram aprisionados quando
tentavam fugir e retornar aos seus países.
O EI controla atualmente 3% do território sírio, após ter
perdido grande parte das áreas que chegou a controlar desde 2014, que
representavam mais da metade da superfície do país árabe.
Via:
G1
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