Antes que a Mancha Verde
entrasse na avenida, no sábado (2), seu presidente, Paulo Serdan, disse que
ninguém tiraria o título da escola desta vez. E ele estava certo. Com posições
cada vez melhores nos últimos anos, a Mancha conseguiu seu primeiro título do
Carnaval em 2019.
A
melhora de desempenho da Mancha Verde a cada ano se explica, em grande parte,
pela ajuda financeira que passou a receber da Crefisa, patrocinadora do
Palmeiras. A escola é uma extensão da torcida organizada do clube.O
dinheiro doado para a organizada faz parte da estratégia da dona da Crefisa,
Leila Pereira, de conseguir apoio na política do Palmeiras. Para o desfile de
2019, doou R$ 3,5 milhões para que a Mancha fizesse seu desfile. Desde 2016,
qu ndo começou a passar dinheiro para a organizada, já deu mais de R$ 6
milhões.
Na
avenida,a escola usou o enredo “Oxalá, salve a princesa! A saga de uma
guerreira negra” para contar a história da princesa africana Aqualtune, e, por
meio dela, discutir escravidão, intolerância religiosa e direitos humanos. Para
este ano, a Mancha contratou o renomado carnavalesco Jorge Freitas. A escola apostou em fantasias com texturas que
supostamente remetiam à tradição africana, com cores arenosas e terrosas e
padrões de pele de onça e de tigre. Máscaras africanas despontaram de todos os
lugares.
A riqueza de detalhes foi um ponto forte. A religiosidade também teve papel de destaque no desfile, com
Iemanjá como principal atração em um dos carros e Nossa Senhora do Rosário em
outro.
Com
informações da Folhapress.
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