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Mangueira, Grande Rio e Viradouro foram os
destaques do primeiro dia do Grupo Especial do carnaval do Rio. Estácio de Sá,
Paraíso do Tuiuti, Portela e União da Ilha também desfilaram nesta noite de
domingo (23). Nesta segunda-feira (24), mais seis escolas voltam à Sapucaí: São
Clemente, Vila Isabel, Salgueiro, Unidos da Tijuca, Mocidade e Beija-Flor.
Mangueira
A Mangueira desfilou em busca do bicampeonato com
uma releitura crítica da vida de um Jesus Cristo nascido em uma comunidade. O
carro abre-alas mostrou o presidente de honra Nelson Sargento e a cantora
Alcione representando José e Maria. O desfile teve ainda uma estátua gigante
mostrando um jovem Jesus negro crucificado e referências a indígenas, mulheres
e membros da comunidade LGBT.
Grande Rio
A Grande Rio contou a história do pai de santo
Joãozinho da Gomeia, mas teve problemas com dois carros, que podem diminuir as
notas em quesitos como evolução e harmonia. Um dos destaques da tricolor de
Caxias foi a volta de Paolla Oliveira como rainha de bateria, fantasiada de
Cleópatra, após dez anos fora.
Viradouro
A Viradouro fez um desfile que exaltou as mulheres
negras de Salvador. O enredo “Viradouro de alma lavada” falou sobre as
Ganhadeiras de Itaupã, quinta geração de lavadoras de roupa na Lagoa do Abaeté.
Na comissão de frente, a atleta da seleção brasileira de nado sincronizado Anna
Giulia, vestida de sereia, dava mergulhos de até um minuto em um aquário com 7
mil litros de água mineral.
União da Ilha
A União da Ilha do Governador, da rainha de bateria
Gracyanne Barbosa, mostrou a vida dura das comunidades do Rio em um desfile com
estética realista. Não faltaram sinais das dificuldades: armas, ônibus lotados,
pessoas vivendo nas ruas, desempregados, famintos… O terceiro carro teve
problemas para percorrer a avenida, fazendo com que a escola abrisse um
“buraco” na Sapucaí. Foi um desfile apressado e com um minuto além do limite.
Paraíso do Tuiuti
O Paraíso do Tuiuti contou a história de “dois
Sebastiões” em seu desfile: o rei português que desapareceu no século 16, Dom
Sebastião, e o santo padroeiro do Rio, São Sebastião. A apresentadora Lívia
Andrade estreou como madrinha de bateria no carnaval carioca. A comissão de
frente imaginou um encontro do santo que viveu no século 3 e o monarca.
Estácio de Sá
No retorno ao Grupo Especial após quatro anos, a
Estácio de Sá apostou em Rosa Magalhães, carnavalesca em busca do nono título
em 50 anos de avenida. Foi uma volta após três carnavais pela escola nos anos
80. O primeiro desfile da noite teve alas e carros sobre corpos celestes,
pedras preciosas e minerais. A Campeã da Série A em 2019 também fez críticas ao
processo de extração dessas riquezas.
Portela
A Portela encerrou o dia e soube se aproveitar do
amanhecer com cores leves mas cheias de contraste. A escola mais vitoriosa do
carnaval do Rio buscou sua 23ª vitória com um enredo sobre os tupinambás e o
“paraíso” que encontraram no Rio de Janeiro antes da colonização. O desfile
apresentou o contraste entre a terra sem maldades dos índios em sua mítica
Guajupiá e a selva urbana que a cidade se transformou.
Via: Globo
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