Graças à Agência Nacional do
Petróleo (ANP), criadora do cartório que lhes garante o negócio mais rentável
do mundo, o setor de distribuição de combustíveis faturou alto até no auge da
crise provocada pelo governo Dilma (PT). Em 2017, enquanto o País afundava,
essas atravessadoras faturavam R$260 bilhões, segundo o estudo Ranking
Abad/Nielsen 2018. Com um detalhe: sem produzir uma gota de coisa alguma. Em
2018, o setor faturou R$280 bilhões explorando o alheio. A informação é da
Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Distribuidores,
a rigor atravessadores, são favorecidos pela ANP nas resoluções 41 e 43, de
2009, que lhes garantem um rentável cartório. Com as resoluções, a ANP entregou
aos atravessadores, há dez anos, o direito exclusivo de venda de combustíveis
(dos outros) aos postos.
Na prática, os distribuidores
pagam aos produtores uma ninharia pelo litro de etanol e o entregam aos postos
pelo dobro do valor, no mínimo. Esta semana, um diretor da ANP, Décio Oddone,
declarou-se favorável à venda e a maior competição, mas nada faz para mudar
isso.
Diário DO Poder
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