sábado, 25 de julho de 2020

ECONOMIA: Governo do RN já desembolsou R$ 1 bi para cobrir déficit previdenciário


O sistema previdenciário estadual fechou o primeiro semestre de 2020 com um déficit de mais de R$ 1 bilhão. Esse foi o valor que o Governo do Rio Grande do Norte teve de desembolsar para pagar aposentadorias e pensões entre janeiro e junho, já que as receitas não cobriram as despesas. O dinheiro para o aporte saiu do Tesouro Estadual.

De acordo com a Secretaria Estadual de Planejamento e Finanças (Seplan), o rombo registrado nos seis primeiros meses deste ano foi 4% maior do que o do mesmo período do ano passado.Entre janeiro e junho de 2019, o déficit foi de R$ 960 milhões. Com isso, no intervalo de um ano, o Estado teve de cobrir R$ 40 milhões a mais de déficit na Previdência.

O secretário Aldemir Freire conta que, se nada for feito, o Estado fechará o ano com um déficit aproximado de R$ 2 bilhões em seu regime próprio de previdência. No ano passado, o rombo foi de R$ 1,57 bilhão – já considerando receitas extraordinárias como os R$ 125 milhões da compensação previdenciária. Em 2018, o déficit tinha sido de R$ 1,35 bilhão. Ou seja, as contas só vêm piorando.

Segundo o Governo do Rio Grande do Norte, o principal motivo para o aumento do déficit previdenciário ano após ano é a discrepância entre o número de servidores em atividade e os aposentados e pensionistas. Nos últimos anos, como poucos concursos públicos foram realizados, caiu a quantidade de funcionários ativos, já que, à medida que foram alcançando tempo de contribuição, muitos servidores se aposentaram.

De acordo com estudo publicado pela Secretaria Estadual de Administração (Sead) no início do ano, 54% dos servidores ligados do Estado são inativos. Apenas 46% estão trabalhando. No entanto, de acordo com a pasta, a proporção ideal, segundo o regime de repartição (em que servidores da ativa bancam os inativos), seria de pelo menos três servidores na atividade para um inativo.

O problema se agrava porque a maioria dos servidores deixa de contribuir para a previdência quando se aposenta. Isso porque, atualmente, quem recebe benefícios inferiores a R$ 6.101,05 é isento de contribuição no Rio Grande do Norte. Na ativa, todos são taxados em 11%.

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