sexta-feira, 1 de abril de 2022

ELEIÇÕES: Movimentos de Doria, Moro e Leite deixam “terceira via” em chamas nas eleições de 2022


Às vésperas do prazo final para desincompatibilização para a disputa das eleições de outubro, que se encerra no próximo sábado (2/4), as movimentações erráticas de atores que disputavam o espaço na chamada “terceira via” ameaçam mudar todo o tabuleiro eleitoral previsto. A quinta-feira (31/3) teve ameaça de desistência do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que deixou o PSDB em polvorosa – antes de recuar, renunciar ao cargo e se dizer ainda candidato. E o dia também viu o ex-ministro de Jair Bolsonaro e ex-juiz federal Sergio Moro trocar o partido que acabara de escolher, o Podemos, pelo União Brasil e anunciar que deixa a corrida pelo Planalto “neste momento“.

O recuo de Doria e a ressalva de Moro deixaram muita incerteza no ar nas hostes da terceira via, grupo que ainda patina para tentar encontrar um nome – e um método – para romper a polarização entre Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O saldo da quinta-feira frenética, para analistas políticos, é de que nenhum dos movimentos, contudo, mexe no panorama de fundo neste momento, que sinaliza como “inviável” competitivamente um dos nomes do grupo nem Bolsonaro nem Lula.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), renunciou ao governo gaúcho para tentar se viabilizar como candidato à Presidência da República, apesar de ter perdido as prévias do partido para Doria. O governador paulista acusou o golpe, e a movimentação de Leite foi um dos elementos para que o tucano ameaçasse desistir da pré-candidatura ao Palácio do Planalto.

Moro tentou deixar a porta aberta para reassumir uma candidatura à Presidência ao fazer a ressalva de que deixava a corrida “neste momento”, mas membros da cúpula do União Brasil, contudo, reagiram pouco depois e disseram que “neste momento, não há hipótese” de o ex-juiz ser presidenciável pelo novo partido.

PUBLICIDADE:

Nenhum comentário:

Postar um comentário