O MEC (Ministério da Educação) pretende implementar 108
escolas militares até 2023. A ideia é que, a cada ano, haja 27 novas unidades
do modelo, uma por unidade da federação. O Rio Grande do Norte receberia quatro
escolas desse modelo.
Chamadas de
escolas cívico-militares pelo ministério, o modelo prevê a atuação de equipe de
militares da reserva no papel de tutores. “Pressuposto é que sejam em locais
carentes para não [aumentar a desigualdade]”, disse o secretário de educação
básica do MEC, Janio Macedo. As escolas militares agradam o presidente
Jair Bolsonaro (PSL). O MEC lançou
na manhã desta quinta-feira (11) o chamado Compromisso Nacional pela Educação
Básica, que é um plano estratégico para a etapa. O planejamento foi construído
com conversas com o Consed e Undime, entidades que representam os secretários
estaduais e municipais de educação.
No documento, estão previstas a continuidade de políticas de governo anteriores
e que estavam esvaziadas desde o começo do ano, como o apoio às escolas de
tempo integral e ao reforço de conectividade de internet de escolas, além do
investimentos em creches. O governo promete reestruturar o Proinfância, que
prevê recursos federais para construção de creches municipais, de forma a
acelerar a conclusão de 4.000 creches até 2022. O MEC não informou o orçamento da iniciativa. Em apoio
ao ensino médio integral, o órgão vai transferir aos estados R$ 230 milhões
ainda neste ano. A iniciativa busca a adequação das escolas ao novo ensino
médio, que flexibiliza a grade curricular, e à Base Nacional Comum Curricular
(que prevê o que os alunos devem aprender).
Está previsto
um projeto-piloto de 3,5 mil instituições para 2020. O plano é chegar a 17 mil
escolas, em prazo indefinido. O plano prevê a retomada do programa Novo Mais
Educação, de ampliação de horas de aula no ensino fundamental. O orçamento e
número de escolas não foram detalhados. O MEC
pretende investir R$ 120 milhões para conectar à internet banda larga 6,5 mil
escolas rurais até o fim do ano. Outros R$ 114 milhões serão indicados. A pasta
promete finalizar até 2020 reformular a formação de professores. O plano é
estabelecer linhas de formação para docentes por meio de cursos à distância.
Via: Folha
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