A distribuição do auxílio emergencial de R$ 600 para quase
metade da população fez o Brasil registrar entre maio e junho o menor
percentual de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza em
ao menos 40 anos, e elevou a renda média dos brasileiros em 24%, apontam dois
estudos realizados pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
O primeiro levantamento, feito
pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), apontou que a população que vive
em pobreza extrema — o equivalente a R$ 154 por mês — baixou de 4,2% para 3,3%.
São 6,9 milhões de brasileiros nesta condição, ante 8,8 milhões. Já os que
vivem em situação de pobreza — R$ 446 por mês —, teve retração de 23,8% para
21,7%.
Os dados foram retirados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Covid-19,
publicada toda sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Pesquisa
(IBGE) e que mede o efeito da pandemia no cenário socioeconômico do país.
Segundo o pesquisador Daniel Duque, pesquisador da área de Economia Aplicada do
FGV/Ibre, a redução das taxas de pobreza condiz com o início da ampliação de
beneficiados pelo auxílio emergencial. “Tais reduções coincidem com um aumento
da cobertura do auxílio emergencial, que passou de um antedimento de 45% para
50% da população entre maio e junho, que beneficiou principalmente os mais
pobres”, afirma.
Outro levantamento apontou que
o benefício de R$ 600 aumentou o rendimento dos
atendidos em uma média de 24% em comparação ao que recebiam antes da pandemia.
Os trabalhadores sem escolaridade foram os principais impactados pelo auxílio,
com aumento de até 156% de renda. Segundo a pesquisa do Centro de Estudos em
Microfinanças e Inclusão Financeira da FGV, o nível de escolaridade é
proporcional a renda, ou seja, quanto menos instruído, mais baixo o salário,
logo maior o impacto dos R$ 600 na arrecadação mensal. Aos trabalhadores
informais, a média de rendimento aumentou 50%.
Via:
Agora/RN
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