O deputado estadual Tomba
Farias (PSDB) jogou por terra o argumento da governadora Fátima Bezerra de que
se a Assembleia Legislativa não aprovar até o próximo dia 30 de julho a reforma
da previdência estadual, o Rio Grande ficará automaticamente impedido de
receber recursos e benefícios do governo federal. O parlamentar revelou que o
governo Jair Bolsonaro deverá ampliar para 31 de dezembro o prazo para que os
estados aprovem a reforma previdenciária. Ele foi taxativo ao afirmar que a
Assembleia Legislativa não irá aprovar a ‘toque de caixa’ e de forma não
presencial a reforma da Previdência nos moldes que a governadora deseja.
“Falta diálogo e humildade da
governadora. A Assembleia Legislativa já poderia ter aprovado a reforma (da
Previdência) desde fevereiro ou março , mas o governo protelou o envio da
matéria. Agora, durante uma pandemia, quer que os deputados aprovem a matéria
sem discussão com a sociedade, sem poder fazer alteração no projeto do governo.
A reforma proposta de Fátima Bezerra penaliza quem ganha pouco e beneficia quem
ganha muito”, disse o parlamentar, durante entrevista à rádio 98 FM, em Natal. Segundo o deputado
municipalista, o governo deixa tudo para última hora para “descer de goela
abaixo e a gente não tenha tempo de discutir”.
Tomba revelou que o governo
tem atuado no sentido de responsabilizar os deputados pela não votação da
reforma da previdência, sob o argumento de que o estado ficará sem receber
recursos federais, caso a matéria não seja aprovada até o dia 30. “O prazo não
será esse. Fátima vai ser desmentida, pois o prazo será prorrogado até o dia 31
de dezembro. Só tem 13 estados com a reforma aprovada, nem Minas Gerais aprovou
ainda. Mais de 50 % dos estados não fizeram suas reformas, você acha que esses
estados vão ser penalizados pelo governo federal?”, questionou.
Segundo afirma, o governo
perdeu uma grande oportunidade de ter um diálogo. Para Tomba, hoje ninguém sabe
mais quem fala pelo governo. “Era George (Soares), era Francisco do PT, entrou
Fernando Mineiro, agora já é Cadu (Carlos Eduardo Xavier). A própria
governadora deveria ter tido a humildade de ter vindo para a ‘Casa do Povo’,
que é a Assembleia, para explicar os motivos da urgência. O seu secretário de
Saúde não atende telefone de ninguém”, finalizou o parlamentar.
Via: Blog
Flavio Marinho
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