“Deus Pai ama tanto o mundo que, para o salvar, dá aquilo que
tem de mais precioso: o seu Filho único.” Foi o que disse o Papa
no Angelus, ao meio-dia deste domingo, 7. Falando da janela do palácio
apostólico aos fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro para acompanhar
com o Santo Padre a oração mariana, Francisco explicou que o
Evangelho deste domingo (Jo 3, 16-18), festa da
Santíssima Trindade, mostra – na linguagem sintética de João – o mistério do
amor de Deus pelo mundo, a sua criação.
No breve diálogo com Nicodemos, Jesus apresenta-se como
Aquele que leva a cabo o plano de salvação do Pai em favor mundo. Ele afirma:
“Deus amou de tal modo o mundo que deu o Seu Filho único” (v. 16). Estas palavras
indicam que a ação das três Pessoas divinas – Pai, Filho e Espírito Santo – é
um único desígnio de amor que salva a humanidade e o mundo, afirmou o Pontífice.
Deus ama cada um de nós, mesmo quando
cometemos erros
“O mundo está marcado pelo mal e pela
corrupção, nós homens e mulheres somos pecadores; portanto, Deus poderia
intervir para julgar o mundo, para destruir o mal e castigar os pecadores. Em
vez disso – observou o Papa –, Ele ama o mundo, apesar dos seus pecados; Deus
ama cada um de nós, mesmo quando cometemos erros e nos distanciamos d’Ele.”
“Deus
Pai ama tanto o mundo que, para o salvar, dá aquilo que tem de mais precioso: o
seu Filho único, que dá a sua vida pela humanidade, ressuscita, volta para o
Pai e, juntamente com Ele, envia o Espírito Santo. A Trindade é, portanto,
Amor, inteiramente a serviço do mundo, que quer salvar e recriar.”
Quando
Jesus afirma que o Pai deu o seu Filho unigênito, pensamos espontaneamente em
Abraão e na sua oferta do filho Isaac, do qual o Livro do Gênesis fala (cf. 22,
1-14): esta é a “medida sem medida” do amor de Deus. E pensemos também no modo
como Deus se revela a Moisés: cheio de ternura, misericordioso e piedoso, lento
para a ira e rico de graça e fidelidade, continuou o Papa.
Deixar-se encontrar por Cristo e confiar n’Ele
O
encontro com este Deus encorajou Moisés, o qual, como narra o livro do Êxodo,
não receou colocar-se entre o povo e o Senhor, dizendo-lhe: “Somos um povo de
cerviz dura, mas perdoai-nos as nossas iniquidades e os nossos pecados e aceitai-nos
como propriedade Vossa” (34, 9).
“Estimados
irmãos e irmãs, a festa de hoje convida-nos a deixarmo-nos fascinar mais uma
vez pela beleza de Deus; beleza, bondade e verdade inesgotável. Mas também
humilde, próxima, que se fez carne para entrar na nossa vida, na nossa
história, para que cada homem e mulher possa encontrá-la e ter a vida eterna. E
isto é fé: acolher a Deus-Amor que se doa em Cristo, deixar-se encontrar por
Ele e confiar n’Ele.”
Acolher
com o coração aberto o amor de Deus
O Santo Padre concluiu a alocução que precede
a oração mariana pedindo a intercessão da Virgem Maria, a fim de que “nos ajude
a acolher com o coração aberto o amor de Deus, que nos enche de alegria e dá
sentido ao nosso caminho neste mundo, orientando-o sempre para a meta que é o
Céu”.
Via: Vatican
News
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