O Rio Grande do Norte tem a
maior capacidade instalada de usinas eólicas em operação comercial do Brasil.
Os dados foram analisados em abril e constam no InfoMercado Dados Gerais, que
foi publicado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Ao
todo, o RN tem capacidade de gerar 4.358,38 MW de energia.
“Esse marco é uma conquista e
também representa a reafirmação do Rio Grande do Norte e da sua vocação para
geração de energia eólica. O Estado tem aumentado sua capacidade instalada de
maneira quase ininterrupta, sendo acompanhado por investimentos importantes
nesse período”, falou Darlan Santos, diretor presidente do Centro de
estratégias em Recursos Naturais e Energia do RN (Cerne).
De acordo com o Cerne, o
estado atualmente tem 156 usinas em operação, 16 em construção e outros 51
projetos contratados, em que as obras ainda não foram iniciadas. “Nossa posição geográfica
favorece muito a qualidade dos ventos que sopram na nossa costa. Eles têm a
característica de serem estabilizados, não são rajadas. Com isso, muitos
projetos eólicos começaram a fazer medição de vento há muito tempo, e em 2009,
quando o governo fez o primeiro leilão de energia eólica, nós já tínhamos
muitos projetos.”
Atrás do RN, os estados que
mais concentram capacidade de geração de energia pela força dos ventos são
Bahia, Ceará, Rio Grande do Sul e Piauí. Segundo o CCEE, os dados ressaltam a
predominância do Nordeste e do Sul neste tipo de fonte. O relatório aponta que no mês
de abril as eólicas tiveram uma geração média de energia de 4.220 MW – o número
é o que 17% maior que o de abril de 2019. O consumo de energia registrado no
Sistema Interligado Nacional (SIN), por sua vez, caiu 11,9%: de 65.186 MW
médios para 57.442 MW médios em abril deste ano em comparação ao mesmo mês de
2019.
De acordo com o CCEE, o
mercado regulado apresentou queda de 11,3%, chegando a 40.473 MW médios,
enquanto o mercado livre viu a demanda recuar 13,2%, indo para 16.970 MW
médios. Segundo a câmara, esse comportamento é explicado pela migração de consumidores
e pelas medidas restritivas em função do coronavírus.
Via: G1RN
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