Problemas oftalmológicos como
terçol e conjuntivite viral têm maior incidência nos meses de verão. O
oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, presidente do Instituto Penido Burnier,
orienta como reduzir o risco de contaminação na região dos olhos.
Segundo Queiroz Neto, é importante remover maquiagem,
cosméticos e protetor-solar antes de dormir, além de utilizar produtos
adequados para a área dos olhos e que estejam dentro da validade. Ele alerta
que toalhas, lápis, alongadores de cílios e pincéis de maquiagem não devem ser
compartilhados. É fundamental a lavagem das mãos com frequência, principalmente
antes de tocar nos olhos.
Segundo o médico, a
conjuntivite viral aumenta no verão pois nesta época os vírus se replicam com
mais facilidade. Ela é adquirida por contato. “A pessoa infectada coloca a mão
nos olhos e contamina as coisas, interruptor, carrinho de supermercado, torneira,
maçaneta. Você coloca a mão lá e coça o olho ou põe a mão no rosto e se infecta
também”, afirma.
A doença faz com que os olhos
fiquem vermelhos e produza um excesso de lágrima. Diferente da conjuntivite
bacteriana, a secreção é aquosa e transparente. “Não tem aquela secreção
amarela que gruda, bem característica da bacteriana”, explica. Segundo Queiroz
Neto, o tratamento é feito com anti-inflamatório, colírios e lágrimas
artificiais. Além disso, ele recomenda a utilização de compressa fria para a
diminuição do desconforto causado pela conjuntivite.
“Arde e coça muito, a
compressa ajuda a diminuir a inflamação e aliviar os sintomas”, afirma. Já o
terçol, ocorre devido ao entupimento das glândulas de Meibomius, responsáveis
por produzir a camada gordurosa do líquido lacrimal. “Nossas lágrimas não são
só água. Tem a camada aquosa, a proteica e a gordurosa, que impede que as
lágrimas evaporem”, explica.
O médico explica que como
transpiramos mais no calor e aumenta o uso de cosméticos como protetor solar,
maquiagem e hidratantes a incidência de terçol também aumenta. “O principal
problema é não limpar o rosto antes de dormir. Quando dormimos os olhos
produzem menos lágrimas e piscamos menos, então tem o risco de ficarem resíduos
na borda da pálpebra que é onde estão as glândulas”, explica.
Quando a glândula entope, ela
continua a produzir gordura e por isso fica inchada, causando dor e ardência.
Além disso, ele pode coçar e a região pode ficar ruborizada. “O problema do
terçol, se não tratar adequadamente, é que pode ficar crônico. O terçol crônico
é chamado de calázio, e nesses casos é necessário fazer intervenção cirúrgica”,
afirma o oftalmologista.
O tratamento é feito com
antibiótico oral ou tópico, que pode ser em pomada ou colírio. Neto também
recomenda a utilização de compressas mornas para diminuir os desconfortos.
Via: R7
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