quinta-feira, 11 de julho de 2019

SAÚDE: Maternidade Januário Cicco abre as portas para realizar isolamento de células-tronco do cordão umbilical na hora do parto

A Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), abriu as portas no início da semana para realizar um procedimento de isolamento de células-tronco do cordão umbilical, no momento do nascimento do bebê. O serviço é ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do Brasilcord e em parceria com a MEJC, que acolhe as mães gestantes e o Hemocentro do Ceará (Hemoce), responsável pelo armazenamento do material no Nordeste e integrante da rede de bancos públicos de cordão.

Na MEJC, o procedimento é realizado pelo professor Gustavo Oliveira, do Laboratório de Hematologia do Hemonorte. Farmacêutico e Bioquímico com mestrado e doutorado nas áreas de genética e biotecnologia, o especialista vem realizando, há dois anos, esse procedimento para tratamento de crianças com doenças do sangue, em atendimento na Liga Contra o Câncer e no Hospital Infantil Varela Santiago, atuando de forma voluntária nas coletas do Brasilcord.

O sangue do cordão umbilical é coletado imediatamente após o nascimento do bebê, de onde são obtidas as células-tronco. De acordo com Gustavo, após o parto, seja natural ou cesárea, o material é colhido e levado ao laboratório de hematologia do Hemonorte, onde é feita a estabilização destas células, sendo posteriormente enviado ao Hemoce para a guarda em criopreservação, processo que congela o material a -196 graus.

“Os pacientes que me procuram para o serviço de isolamento das células tronco são encaminhados pela equipe de onco-hematologia pediátrica do Hospital Varela Santiago ou da Liga. Geralmente são crianças portadoras de leucemia cujas mães engravidaram; então se colhe o sangue do cordão para transplante do irmão doente”, explica Gustavo.

“Este é o único uso deste material atualmente, e a MEJC é fundamental nesse processo, pois aqui temos toda ambiência necessária para realizar o procedimento de forma estéril”, completa.

Via: UFRN

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