domingo, 7 de julho de 2019

ESPORTE: Estados Unidos vencem Holanda e conquistam quarto título da Copa do Mundo


Não foi uma atuação brilhante. E muitos são críticos do jogo americano justamente por seu estilo pragmático de praticar o futebol. Nem por isso deixou de ser histórico. Nos anais da Copa do Mundo feminina , na página da edição francesa em 2019, estará lá: Estados Unidos conquistam o tetracampeonato mundial; com o recorde de gols numa competição (foram 26 após a vitória por 2 a 0 sobre a Holanda , ontem, em Lyon); e Jill Ellis se sagrou a primeira técnica a ganhar duas copas .

Quem acompanhou o Mundial feminino sabia exatamente o que esperar das americanas. Uma pressão descomunal nos primeiros minutos de jogo a fim de abrir o placar o quanto antes. Foi exatamente o que elas fizeram. A ideia era repetir os outros seis jogos e marcar antes dos 15 minutos. Assim, veria a adversária sair para o ataque e poderia controlar a partida no contra-ataque.A estratégia não foi bem sucedida, de início.


Ao contrário das outras partidas, o time de Jill Ellis encontrou dois muros. Primeiro a linha de três na defesa que Sarina Wiegman levou a campo, que impedia, quase sempre, o último passe com perfeição. O segundo a goleira Van Veenendaal, que espalmou belo chute de Ertz; impediu o gol de Mewis com o peito; tirou chute de Morgan com o pé e depois com uma linda defesa para escanteio.Chegar aos minutos finais sem levar um gol das temidas americanas deu coragem às holandesas. Mesmo tendo perdido qualidade no meio-campo com a aposta em três zagueiras, o contra-ataque assustou em alguns momentos. Sobretudo na principal qualidade das leoas: a bola parada.

Ellis, que vem surpreendendo com suas mudanças táticas e trocando as jogadoras de suas posições originais, tentou algo novo. Tirou O´Hara - atacante que virou lateral - e colocou Ali Kireger. As americanas precisavam melhorar a transição da defesa para o ataque. Principalmente com as holandesas mais dispostas a frequentar a área adversária. Mas um lance mudou completamente o jogo.

Um pé alto da zagueira Van der Gragt, em lance com Morgan na área, que, em seguida, caiu, suscitou a pergunta: pênalti ou a atacante se jogou? O VAR entrou em ação e a árbitra francesa Sthepanie Frappard consultou o vídeo. Na sua intepretação, falta. Finalmente a chance de quebrar a muralha holandesa. A capitã Rapinoe pegou a bola, com a confiança de sempre, e bateu até fraco. Mas a goleira Van Veenendaal sequer se mexeu.

Com o placar aberto, viu-se outro jogo. A Holanda se abriu e se desestabilizou com o pênalti considera injusto. Agora sim a estratégia americana foi posta em campo. Faltava matar a partida. E o gol decisivo veio minutos depois com uma bela arrancada da meia Lavelle, que deu um corte em Van der Gragt e chutou cruzado. Nos 20 minutos finais, a Holanda procurou cair de pé diante da supremacia americana, que, mais uma vez, se confirmou. Ainda sobrou tempo para justas homenagens desse domínio dos Estados Unidos. Carli Lloyd, eleita a melhor do mundo em 2015, entrou para se despedir da seleção com mais um título na carreira.

O Globo
PUBLICIDADE:

Nenhum comentário:

Postar um comentário