O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio
Grande do Norte (IFRN) está em fase de revisão dos cursos técnicos integrados
ao Ensino Médio. Uma das possíveis mudanças - e a mais polêmica - é a redução
do tempo dos cursos, de 4 anos para 3 anos. Se aprovada até julho, a medida já
vai valer a partir do próximo ano.
De acordo com o pró-reitor de Ensino da instituição, Agamenon
Tavares, a discussão sobre o tempo dos cursos ocorre dentro da revisão global
das ofertas, prevista pelo programa político-pedagógico para acontecer em 2016.
A medida acabou atrasando por causa de algumas questões, como a reforma do
ensino médio, em 2017. As revisões das
licenciaturas foram concluídas ainda em 2018. Foram iniciados, ainda no mesmo
ano, a revisão dos cursos superiores de tecnologia (CSTs), cujas diretrizes
foram discutidas, votadas e aprovadas. "Em 2019, estamos
fechando os Projetos Pedagógicos de Cursos dos CSTs e retomando as diretrizes
para os cursos técnicos, com previsão de término no início de 2019.2",
explicou.
Um dos pontos em questão é
uma nova metodologia para os orçamentos dos cursos, aprovada em agosto do ano
passado pelo Conselho de Reitores do Conselho Nacional das Instituições da Rede
Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif). "Foi
uma mudança de estratégias dos reitores", considerou. A mudança prevê uma
alteração no cálculo de ponderação que define quanto cada curso recebe para seu
custeio. Ele leva em conta número de alunos matriculados, laboratórios
necessários, número de professores, custos de água, energia, internet e tempo
de duração, por exemplo.
Antes, o catálogo de
cursos tinha o mínimo de 3.000 horas, mas a instituição poderia optar por
quantas horas a mais considerasse necessária. No Rio Grande do Norte, por
exemplo, os cursos são de 4.000 horas de curso. "O que o conselho definiu
é que nós podemos continuar ofertando quantas horas quisermos, mas eles agora
só vão custear 3.200 horas", explica.
Com esse novo cálculo,
enquanto um curso recebia cerca de R$ 1,7 milhão por ano, passaria a receber
aproximadamente R$ 1,5 milhão - cerca de R$ 200 mil a menos - por exemplo. De acordo com o
pró-reitor, atualmente, cerca de 90% dos IFs no país têm curso
técnico-integrado com duração de três anos. Apenas quatro, entre eles o do Rio
Grande do Norte, desde 2005, mantém quatro anos de formação.
Do G1/RN
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