Os Estados Unidos se retiraram do
Conselho de Direitos Humanos da ONU nesta terça-feira, depois que nenhum outro
país "teve coragem de se juntar à nossa luta" para reformar o órgão
"hipócrita", disse a embaixadora norte-americana na Organização das
Nações Unidas, Nikki Haley.
"Ao
fazê-lo, quero deixar bem claro que este passo não é um recuo em relação aos
nossos compromissos com os direitos humanos",
afirmou Haley. Os EUA estavam na metade de um mandato
de três anos no principal organismo de direitos humanos da entidade e há tempos
vinham ameaçado se desfiliar se este não fosse reformado, acusando o conselho
de 47 membros sediado em Genebra de ser anti-Israel.
Na semana passada a Reuters noticiou
que ativistas e diplomatas disseram que as conversas com os EUA sobre uma
reforma do órgão não atenderam às exigências de Washington, dando a entender
que o governo Trump abandonaria o fórum. A saída de Washington marca a rejeição
norte-americana mais recente em engajamento multilateral desde que o país se
desligou do acordo climático de Paris e do pacto nuclear com o Irã.
Crise
com a ONU
Os EUA estão enfrentando fortes
críticas por deterem crianças separadas de seus pais imigrantes na fronteira
EUA-México. Na segunda-feira Zeid Ra'ad al-Hussein, o alto comissário da ONU
para os Direitos Humanos, pediu que Washington suspenda sua política "impiedosa".
Um ano atrás Haley disse que
Washington estava analisando sua filiação ao conselho e pediu uma reforma e a
eliminação de um "viés anti-Israel crônico". O conselho criado em
2006 tem como item permanente de sua agenda as supostas violações cometidas por
Israel nos territórios palestinos ocupados, item que Washington quer ver
removido.
Portal G1
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